Filho de Bolsonaro quer controle de ferramenta de espionagem

Parece "Teoria da Conspiração", daquelas comuns em filmes de investigação ou de ação dos cinemas americanos, mas essa narrativa está se desenvolvendo em solo brasileiro e se for consumada colocará em risco todos os opositores do atual governo.

Em matéria publicada no site do UOL o filho do presidente Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro, mais conhecido como 02, resolveu colocar seu poder em cena e interferir em um processo de licitação de uma ferramenta poderosa, conhecida no mundo cibernético como Pegasus.

Esta poderosa ferramenta, permite a invasão de celulares e computadores sem identificar o autor dos acessos.

Segundo informações ouvidas pela reportagem, 02 articulou com Anderson Torres, Ministro da Justiça, que o GSI e a ABIN ficassem de fora desta negociação.

O objetivo do pimpolho é criar uma Abin paralela. O que nos deixa apreensivos é que esta "licença", seria de 12 meses e o processo de licitação ocorreria em ano eleitoral. Justamente em um período crucial para o governo de seu pai se manter no poder.

Apesar do MJ negar que o edital seja para a compra do Pegasus, a reportagem não deixa dúvidas sobre o real interesse do governo. Segundo ela, um dos participantes do certame que ofereceu uma oferta no valor de pasmem, R$ 60 milhões, é uma representante brasileira da empresa israelense NSO Group, dona do Pegasus.

Não é de hoje, que o filho do presidente trava disputas com a cúpula militar do país para obter o controle de ferramentas similares ao Pegasus, que oferece controle de dados sem colocar em risco os autores das "invasões".

Katia Figueira

Considerando que nas eleições de 2018, o clã Bolsonaro fez de tudo para ganhar o pleito presidencial, não podemos duvidar de mais nada. Só nos resta acender o "Alerta" e ficarmos atentos aos novos passos que darão.

Até lá, recomendo que repensem suas estratégias políticas e estejam preparados para o que poderemos ter que enfrentar no próximo ano.